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Diálogo sobre o que alimenta nossa alma

Em tempos de supressão da liberdade de expressão artística e de priorização de conhecimentos e competências técnicas, a realização de atividades voltadas à arte e cultura pode ser encarada como um ato de resistência e de subversão. É significativo notar que em todos os ecossistemas criativos a arte se faz presente de forma massiva.

 

Nas ocupações urbanas é comum a realização de saraus em que artistas apresentam suas produções musicais, teatrais e circenses envolvendo a participação do público. Declamações de poesia também ocorrem nessas ocasiões. Vide o Sarau da Resistência realizado pela Ocupação Pandorga logo após uma operação policial entrar no local e recolher pertences dos integrantes. Esse sarau, mais do que uma atividade de cultura, mostrou ser uma forma de protesto pelo ocorrido.

 

As casas colaborativas e os espaços coletivos de produção que possuem locais próprios para exibições de arte recebem atividades com frequência. Exposições de artes visuais e de produções audiovisuais, apresentações de espetáculos de artes cênicas e encontros de leituras fazem parte da programação mensal desses ecossistemas criativos como podemos ver na Figura 23. Alguns inclusive têm seu foco específico em algumas linguagens como artes visuais no Acervo Independente, música na Marquise 51 e literatura na Aldeia.

É também comum a diversos ecossistemas criativos a realização de oficinas de arte das mais variadas. Identificamos oficinas de aquarela, fotografia, pintura, graffitti, percussão, violão, dança e escrita. O principal público é formado por jovens e adultos, mas há também algumas oficinas voltadas ao público infantil como acontece na Ocupação Pandorga e no Assentamento 20 de Novembro.

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Dialogar a respeito de arte e cultura é uma proposta que vai ao encontro do desenvolvimento humano e de sua sensibilidade estética. Entendemos que a arte é algo que une a todos os ecossistemas criativos, mesmo que cada um tenha suas linguagens e estilos de preferência.

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São três os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável beneficiados por esta proposta:

Atividades que valorizam a arte são fundamentais para uma cidade criativa e culturalmente diversa. No manifesto The City We Need 2.0 (UN-HABITAT, 2016a) também está a importância de valorizar a cultura indígena, o patrimônio cultural, as tradições e a cultura urbana própria de cada vizinhança.

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